SKYWAVES
A maioria dos radioescutas da banda de onda média já deve ter notado que a recepção de longa distância é normalmente possível durante as horas de escuridão, mas se você é um dxista de onda média, você também deve saber que a propagação de onda celeste – Skywave – é a responsável por este efeito. A propagação Skywave é normalmente muito variável em seu comportamento, resultando em grandes chances de recepção de sinal forte. Esta imprevisibilidade é um grande problema para o engenheiro de transmissão das emissoras comerciais que está tentando planejar a área de cobertura de seu serviço, mas acaba se tornando um benefício para o dxista que está tentando sintonizar uma estação rara ou sinais não convencionais. Entretanto é difícil afirmar com certeza o quanto forte um determinado sinal será em determinado tempo, mas existem algumas orientações para tal.
Frequência – Durante a horas de transição do crepúsculo e madrugada, a força dos sinais de skywave parecem ser bem dependentes da frequência. Por exemplo, sinais em 1530 kHz serão em média 15dB mais fortes do que uma estação em 700 kHz – assumindo que ambas as estações irradiem com a mesma potencia naturalmente. Entretanto, em torno de duas horas após cair a escuridão a diferença em intensidade é de apenas 3 a 5 dB e ao redor da meia noite qualquer dependência de frequência já terá mais ou menos desaparecido.
Latitude – Este parâmetro é muito, se não o maior, fator de influencia em determinar a intensidade do sinal recebido de uma onda skywave. A força do campo da onda skywave de onda média decai com o acréscimo da latitude geomagnética mas infelizmente não há o que o dxista possa fazer a não ser emigrar para outra localidade!
Atividade Magnética e Solar – As evidencias demonstram que o acréscimo da atividade solar reduz a força dos sinais noturnos de onda média e isso é claramente evidente no melhor período de captações DX durante o período de minimo solar. Adicionalmente, a atividade de tempestades magnéticas causam significativa absorção de sinal particularmente durante os primeiros cinco a 10 dias imediatamente após a ocorrência da tempestade. O efeito de absorção aumenta com o acréscimo da frequência e com localidades de mais alta latitude. Em torno de 1500 kHz a absorção de sinal de 30 db ou mais não é raro como resultado dessa atividade de tempestade.
Estação do ano – em regiões de baixa latitude (tais como o Caribe) tem sido observado pouca variação na intensidade dos sinais noturnos, mas na Europa os sinais de skywave são geralmente mais fracos, variando em torno de 6 a 10 dB. Durante os dias de inverno a intensidade da skywave mostra um acréscimo bem notado; particularmente em medias a altas latitudes a diferença entre as horas do dia e da noite dos sinais de skywave são geralmente menores que 25 dB (em média, entretanto, os sinais de skywave à tarde são em torno de 45 db mais fracos que à meia noite).
Probabilidade – Apesar das regras acima é ainda possível para os sinais serem ocasionalmente muito mais fortes ou muito mais fracos que o esperado para as condições prevalecentes. O dxista está obviamente interessado em quando e quantas vezes o caso formal irá surgir. Infelizmente é muito difícil dizer quando, mas algumas figuras existem para dizer quantas vezes os sinais fortes podem ser ouvidos. Em um ano de baixa atividade solar é observado que aproximadamente 1% dos sinais fortes irão exceder os valores médios esperados entorno de 10 a 15 dB – o que sugere que sinais verdadeiramente fantásticos de DX parecem ser ouvidos em apenas 3 a 4 dias por ano !
Skywaves – as ondas de radio na faixa de ondas longas e ondas médias podem também se propagar através de ondas terrestres – que acompanham a curvatura da terra – mas sofrem perdas significativas, ou são atenuadas em particular em frequências mais altas. Mas assim que as ondas terrestres se desvanecem, um novo modo se desenvolve: as ondas celestes – skywaves. As skywaves são refletidas pela ionosfera. Enquanto a onda está na ionosfera, ele é fortemente dobrada, ou refratada, e em ultima forma retorna a terra. Para longas distancias elas se parecem refletidas. Alcances de longa distancia é possível neste modo, e na faixa de onda média é geralmente possível durante a noite, quando a concentração de íons não é tão grande, pois a ionosfera também tende a atenuar o sinal. Entretanto a noite, existem apenas íons suficientes para refletir a onda mas sem reduzir muito sua potência.
Adaptado a partir de artigo de Steve Whitt, traduzido com autorização do MW Circle